13.2.08
11.11.07
22 de Dezembro, 22:00 - Paula Oliveira & Bernardo Moreira "Fado Roubado"
Em 2005, Paula Oliveira formou um novo grupo, com arranjos a cargo de Bernardo Moreira, com a intenção de trazer para o universo do Jazz vários clássicos da música portuguesa. Com este grupo gravou o álbum Lisboa Que Adormece (Universal), com Bruno Santos como convidado especial, e apresentou-se num grande número de concertos em salas e festivais por todo o país e no estrangeiro.
Acompanhada pelos mesmos músicos e novamente sob a direcção musical de Bernardo Moreira, lança em Novembro de 2007 um novo álbum, intitulado Fado Roubado (Universal), mais uma vez dedicado a uma leitura jazzística da música portuguesa, que vem apresentar ao Mudas Jazz Sessions. O álbum encontra-se já à venda na FNAC Madeira, em duas versões: CD apenas ou CD + DVD.
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As escolhas de Paula Oliveira têm marcas que definem o seu gosto e a sua carreira: a musicalidade dos temas e dos arranjos, a poesia dos textos. Alguns dos autores seleccionados para este disco têm ainda o mérito de ser bandeiras de uma época: os anos sessenta/setenta em que para os Festivais da Canção eram convidados poetas como Ary dos Santos, de ironia afiada ou de paixão confessa, e com ele Fernando Tordo em alguns dos seus melhores momentos. Não estava sozinho, havia outros a brilhar nos nossos palcos. Ansiava-se por uma sociedade livre, onde a arte finalmente respirasse. Presta-se aqui homenagem a esses precursores que sonharam a liberdade, sem esquecer outros, eleitos pela qualidade trovadoresca das suas composições. Vamos ouvir Carlos Paredes, com a sua guitarrra portuguesa tão intensa; Zeca Afonso, o trovador da revolta; Alexandre O’Neil, o lisboeta convicto, entre a tertúlia de café e um vôo de horizonte alargado; a comovente Sophia de Mello Breyner; Amélia Muge, numa dupla autoria de música e letra e, last but not least, Fernando Pessoa, em versos de puro fado que não destoam do permanente desassossego que lhe é próprio. Não há maior nem mais bela homenagem. O trabalho sobre a memória artística traz-nos a dimensão da alma. À música, incantatória, acrescenta Paula o segredo do dizer bem. A palavra poética transporta o seu próprio movimento, e é de notar como os músicos respeitaram a “solenidade e risco” (entenda-se memória e inovação) de que fala Sophia num dos textos. A concepção dos arranjos permite o brilho dos solos, de luz mais clara ou mais sombria, e de um lirismo ao mesmo tempo expressivo e contido, como é próprio da verdadeira criação.
Yvette Centeno
25.10.07
Sábado, 03 de Novembro, 22:00 - Alexis Cuadrado "Puzzles" Quartet
ALEXIS CUADRADO – contrabaixo e composição
Alexis Cuadrado é um músico extremamente activo na actual cena jazzística nova-iorquina, nomeadamente pelo papel activo que desempenha na associação “Brooklyn Jazz Underground”.
Após estudos com os contrabaixistas Larry Grenadier e Mario Rossy (os dois contrabaixistas de eleição para Brad Mehldau), Marc Johnson e François Rabbath, Cuadrado desenvolveu uma intensa actividade em Espanha, principalmente em redor da sua cidade natal, Barcelona, com destaque para o grupo “Alguímia”, que gravou três CDs para uma das mais prestigiadas editoras do jazz contemporâneo, a Fresh Sound New Talent, o primeiro dos quais recebeu o prémio de “Melhor Álbum de Estreia Espanhol de 1998”.
Já em Nova Iorque, onde vive há cerca de dez anos, Alexis Cuadrado estabeleceu fortes ligações com vários dos músicos daquela cidade, tendo trabalhado ao vivo ou em estúdio com Kurt Rosenwinkel, Ben Monder, Mark Turner, Bill McHenry, Ben Waltzer, Chris Kase, Kris Bauman, Erik Jekabson, Alan Ferber, Bruce Barth ou John Stetch.
Na primeira metade desta década gravou dois destacados álbuns como líder, novamente com o selo Fresh Sound New Talent. Ambos os CDs (“Metro” e “Visual”) contam com músicos de excepção (os saxofonistas Kris Bauman ou John Ellis, o guitarrista Steve Cárdenas, o pianista Pete Rende e o fiel parceiro Mark Ferber na bateria) e foram alvo de excelentes críticas pela imprensa americana, britânica e espanhola especializada (ver “O que diz a imprensa”).
Integrou o grupo da vocalista três vezes nomeada para um Grammy Angelique Kidjo e tem mantido uma intensa actividade como contrabaixista de diferentes formações nos Estados Unidos e na Europa.
Formou em 2006 o Alexis Cuadrado "Puzzles" Quartet, com o saxofonista Loren Stillman, o guitarrista Brad Shepik e o baterista Mark Ferber, com o qual gravou um novo álbum “Puzzles”, que vem apresentar à Madeira, no espectáculo inaugural de uma tourné europeia que decorrerá entre 3 e 20 de Novembro. Este grupo interpretará na Casa das Mudas temas do novo “Puzzles” e dos anteriores álbuns de Cuadrado, naquele que será o único concerto em território português contemplado por esta tourné europeia do quarteto.
O QUE DIZ A IMPRENSA:
«Cuadrado exhibits maturity and emotional depth as a composer, bandleader and soloist.» David R. Adler, www.allaboutjazz.com
«Cuadrado's sextet makes an impression on "Visual".» Ron Wynn,JazzTimes
«Visual is consistently good music by a smart, lateral-thinking musician.» Nate Dorward,Cadence
«Visual is a delicatessen for the true jazz gourmets.» Pere Pons, AVU
«There's no doubt about his distinctiveness.» Jack Cooke, Jazz Review (U.K.)
«The Future of Spanish Jazz is in good hands.» Miquel Jurado, El País
«In addition of being an excellent soloist, Alexis Cuadrado is a high-class composer.» Vicente Ménsua, Cuadernos de Jazz
«Cuadrado is hammering out a signature sound.» Peter Aaron, www.allaboutjazz.com
«From his bass, Alexis Cuadrado demonstrated being a consistent rhythm generator, unhesitant to incorporate traits of contemporary music and percussive effects to his already spectacular use of the instrument.» Karles Torra, La Vanguardia
«Alexis cuadrado, a great creator that came from New York» Pamela Navarrete, Diari de Terrassa
«On Metro, Cuadrado confirms his solidity as a composer, and a great hability to feature his wonderful musicians.» J. A. Cararach, El Periódico de Catalunya
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LOREN STILLMAN – saxofone alto
Loren Stillman é uma das mais fortes revelações do jazz dos útlimos anos, tenho recentemente sido considerado pela revista JazzMan como um dos 10 melhores saxofonistas alto.
Aluno de Lee Konitz e David Liebman, Loren Stillman angariou já dois “Outstanding Performance Awards” (1996 & 1998) e foi considerado “Rising Star Jazz Artist Award” em 2004 pela revista Down Beat. Sendo igualmente um compositor de elevada craveira, Stillman recebeu, em 2005, o “CMA/ASCAP Award for Adventurous Programming” e o “ASCAP Young Jazz Composers Award”.
Tendo gravado o seu primeiro álbum como líder aos 15 anos de idade, com, Loren Stillman conta já com nove CDs como líder (para as editoras Soul Note, Fresh Sound New Talent, Steeplechase, Nagel-Hayer e Pirouet), tendo contado, ao longo da sua carreira, com ilustres como o guitarrista John Abercrombie, os pianistas Russ Lossing e Gary Versace, os contrabaixista Scott Lee e John Hebert e o baterista Jeff Hirshfield.
O QUE DIZ A IMPRENSA:
«Loren Stillman has emerged from prodigy status into a player of great interest. While using traditional instrumental formats and settings, the altoist has an approach to tunes that sound fresh and different.» Donald Elfman, www.allaboutjazz.com
«Loren Stillman is one of New York's best alto saxophonists, and has gained the distinction well before reaching age 30.» David Adler, JazzTimes Magazine
«Lee Konitz on steroids" is how John Abercrombie once assessed Loren Stillman, referencing the then 21-year-old alto saxophonist's ability to conjure long, lucid melodic lines out of abstract raw materials with on-top-of-the-beat, across-the-barline phrasing and resonant tone. (…) a detailed compositional vision (…) Keyboardist Gary Versace, here on acoustic piano, matches the leader's virtuosic execution.» Ted Pankin, Downbeat Magazine
«That a twenty-something musician like saxophonist Loren Stillman can release an album as mature, well-conceived and personal as It Could Be Anything is clear evidence that creative jazz with a difference is still being made and that it's premature to be ringing its death-knell.» John Kelman, http://www.allaboutjazz.com/
«(...) in jazz music where players carry on into their 80's, Loren Stillman at 23 is like a ten year old playing major league baseball. (…) It Could Be Anything features the leader's sweet tone matched with fluid soloing, satisfying melodies, clever countermelodies, and taut rhythmic interplay.» Jeff Stockton, www.allaboutjazz.com
«Occasionally a totally new CD finds its way to the player, and from the music’s very first notes, just totally entrances both mind and body. These magical times are rare, but this is really what jazz is about. Furthermore, a CD that manages to make this kind of impression almost always remains able to over time, even years later. How Sweet It Is is one such effort. It is one of those rare releases that draws one in willingly without demanding anything, yet is so seductive and powerful that time seemingly stops for its duration.» Budd Kopman, www.allaboutjazz.com
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BRAD SHEPIK – guitarra
Brad Shepik tem sido o guitarrista de eleição de vários dos mais destacados músicos do jazz actual. Jim Black, Chris Speed, Charlie Haden, Carla Bley, John Zorn, Andy Laster, Franz Koglmann, Ken Schaphorst ou Joey Baron são alguns deles, mas mais relevantes ainda serão as suas particpações com dois dos mais visionários músicos da actualidade jazzística: o baterista Paul Motian (na sua Electric Bebop Band) e o trompetista Dave Douglas (no Tiny Bell Trio, a única formação de Douglas que inclui guitarra).
Como líder, Shepik tem gravado vários CDs desde o final dos anos 90: “Short Trip” e “Drip” (ambos na editora Knitting Factory), “Loan”, “Well” e “Places You Go” (todos na editora Songlines).
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MARK FERBER – bateria
Mark Ferber tornou-se, ao longo da última década, num dos mais activos bateristas de jazz em Nova Iorque, contando com mais de cinquenta gravações em discos por, entre muitos outros, Anthony Wilson, Alexis Cuadrado, Bob Sheppard, Mika Pohjola, Deidre Rodman, Erik Jekabson, Darek Oles, Russ Johnson, Dan Pratt, Bryn Roberts, Jonathan Kreisberg, Taylor Haskins, Pete McCann, Ari Ambrose, Jason Rigby, Alan Ferber ou Ralph Alessi.